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Vamos criar crianças felizes e emocionalmente fortes!

Setembro, para além de ser o mês dos recomeços, é principalmente o de voltar às rotinas, deixar os maus hábitos, vícios, malandrices e enfrentar este recomeço, que é para miúdos e graúdos.O regresso às aulas, aqui na zona onde vivo, é anunciado pelas flores. Sempre me lembro de ver estas flores a que nós nordestenses, chama-mos de “meninas vamos para a escola”, ao ver este prenuncio de regresso às aulas fico dividida, por um lado feliz com o retomar das boas rotinas, horários, alimentação, hábitos de leitura, atividades desportivas, ou seja um “entrar na linha”, por outro lado, quase que híper ventilo por pensar que a minha Mini Me, está a crescer tão depressa, que vem ai mais um ano escolar com todas as lides inerentes, tarefas, trabalhos, estudo, e em alguns dias, sorte que são poucos, o drama, as birras, o “estou farta de tantos trabalhos”, a minha mão doí-me de tanto escrever” ou “a minha cabeça está cansada e não tem mais espaço para coisas novas”…
Eu sei, tudo isto é normal, mas às vezes para nós pais, devido ao nível de cansaço ficamos desesperados… pelo menos eu fico!
 Foi precisamente num momento de reflexão, retrospetiva e prenúncio do futuro que decidi escrever este post com lembranças uteis, para nos ajudar a enfrentar este novo ano escolar e não só! 
Nós pais da atualidade, somos sem duvida, seres cheios de horários, a maioria de nós tem dois empregos, um renumerado e outro não renumerado (tarefas domésticas), o que faz com que não seja possível dedicar aos nossos filhos  todo o tempo que gostaríamos.
Temos um horário de trabalho a cumprir, depois ao chegar a casa começamos a tratar das lides, comida, roupa, limpeza, o tempo em casa flui rapidamente e nem sempre dispomos do tempo que gostaríamos de ter para eles.
Não podemos permitir que, devido á nossa falta de tempo, os nossos filhos se tranquem no quarto, ou em frente á televisão, computador/tablet, e jogos de vídeo.
Este “pouco tempo” é o único que dispomos, para manter com eles, uma conversa sincera e carregada de afeto, tranquilidade e proximidade, assim eles irão perceber que nós estamos sempre ali para eles, mesmo que o nosso mundo seja uma correria desenfreada, eles são o mais importante, e têm que confiar sempre em nós, e a confiança meus queridos pais, conquista-se não se adquire!
 Precisamos de estar sempre atentos, saber quais são as suas preocupações, anseios, receios e desejos, necessitamos de saber, o que se passa no mundo deles, e principalmente, fazer parte desse mundo. 
Quando eles têm algum problema, não podemos ser nós a resolver por eles, temos sim de  oferecer estratégias e dar conselhos para que o façam por si mesmos. Para educar crianças felizes, temos que conseguir primeiro que sejam responsáveis pelos seus próprios assuntos, dando-lhes meios com os quais possam enfrentar esses pequenos problemas quotidianos. Com todo o nosso carinho vamos demonstrar que nos preocupamos, mas oferecendo-lhes autonomia. Eles vão errar em algumas ocasiões, e nós, não devemos nem repreender e muito menos castigar, temos sim de os ajudar e ensinar que, na vida, também há fracassos, falhas e que tudo deve ser aprendido. 
É importante e necessário que eles saibam lidar o conceito da “frustração”.
A educação começa a partir do momento do nascimento e, claro, ambos os pais são responsáveis. Os dois devem estar de acordo sobre as medidas educativas que irão aplicar, delimitar o que irão permitir, estabelecer horários, e decidir o que irão proibir ou abolir.
As crianças devem saber, desde muito pequenas, que em casa, como na sociedade, há alguns limites e regras que devem respeitar, e quanto mais cedo souberem isto, mais seguros irão sentir-se. Uma vez estabelecidas as regras, são oferecidos então os direitos, que devem ser conversados e negociados.
É importante oferecer às crianças uma autonomia adequada de acordo com a idade. É um modo de fazê-las sentirem-se capazes e seguras de si mesmas, tendo sempre o nosso apoio e a nossa orientação em cada momento. 
Nunca devemos tentar compensar o tempo que não podemos passar com elas, é um erro que muitos pais cometem hoje em dia, eu própria às vezes quase que caio nesse erro, por não poder passar o tempo de que gostaria com a minha Mini Me, acabo por cair na tentação de compensar a falta de tempo e atenção com um presente, big mistake.
Os nossos filhos quando crescerem, não se vão lembrar do presente caro, ou barato que os pais lhe deram, irão sim, lembrar-se que os pais estiveram presente nos seus momentos, a fazer as coisas de que eles gostavam, brincar, cozinhar, falar, passear, construir, descobrir, partilhar aventuras e fazer asneiras boas, isso sim irá ficar eternamente gravado na memória de uma criança, não os bens materiais. 
Temos de aprender a gerir melhor o nosso tempo, fazer com que o tempo que passamos com os nossos filhos seja sempre o melhor, de qualidade e sincero, que nessa hora sejamos só deles de corpo e alma!
Todas estas estratégias tornam os nossos filhos mais felizes! 
Todos nós sabemos este blá blá blá que acabei de escrever, mas também sabemos que muitas vezes não o colocamos em prática.
Já que setembro é o mês dos recomeços, que apliquemos verdadeiramente algumas destas sugestões.


Beijocas,
Sandra

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