O amor é uma arte, assim como viver é uma arte!

“O amor é um desafio constante. Não é um lugar de descanso, mas de movimento, crescimento, trabalho em conjunto” Erich Fromm

O amor é eternidade, afinal só um mundo de amor pode durar A VIDA INTEIRA.

Infelizmente esquecemo-nos tantas vezes que o amor é uma arte e amar exige verdadeira humildade, coragem, fé e disciplina. Talvez nunca tanto como hoje precisemos de dominar essa arte, afinal, sem amor, os tempos difíceis serão tempos ainda mais difíceis.

Fiquei a pensar nisso depois de ler uns textos do livro “A Arte de Amar” do filosofo alemão Erich Fromm, será que realmente investimos no amor na mesma proporção com que desejamos amar e ser amadas?

Como ensina o filosofo, aprender a arte de amar implica o reconhecimento do amor como uma prática informada, em vez de uma graça. Fromm explica que o primeiro passo a dar é perceber que o amor é uma arte, assim com viver é uma arte.

“Se queremos aprender a amar, devemos proceder da mesma maneira que fazemos quando queremos aprender qualquer outra arte, como música, pintura, carpintaria, medicina ou engenharia. Quais são as etapas necessárias para aprender qualquer arte? O processo de aprender uma arte pode ser convenientemente dividido em duas partes: uma, o domínio da teoria; a outra, o domínio da prática. Se eu quiser aprender a arte da medicina, preciso primeiro de conhecer o corpo humano e as várias doenças. Quando tenho todo esse conhecimento teórico, não sou de forma alguma competente na arte da medicina. Só me tornarei um mestre nesta arte depois de muita prática, até que, eventualmente, os resultados do meu conhecimento teórico e os resultados da minha prática se misturem num – a minha intuição, a essência do domínio de qualquer arte. Mas, além de aprender a teoria e a prática, há um terceiro fator necessário para nos tornarmos um mestre em qualquer arte – o domínio da arte deve ser uma questão de extrema preocupação; não deve haver mais nada no mundo mais importante que a arte. Isso vale para a música, a medicina, a carpintaria – e o amor. E talvez aqui esteja a resposta à pergunta de porque as pessoas na nossa cultura tentam tão raramente aprender essa arte, apesar dos seus fracassos óbvios: apesar do profundo desejo de amar, quase tudo  o resto é considerado mais importante que o amor – sucesso, prestigio, dinheiros, poder – quase toda a nossa energia é usada para aprender como atingir esses objetivos e quase nenhuma para aprender a arte de amar.” Palavras de Fromm que nos obrigam a pensar se estamos a fazer tudo ao nosso alcance para dominar a arte de amar e viver essa extraordinária emoção que pode alterar todo o curso da nossa vida.

Está na altura de revermos prioridades e investirmos a nossa energia no que realmente interessa, O Amor, seja ele de que tipo for! 

Beijocas carregadas de arte!

Sandra Correia